quinta-feira, 5 de março de 2015

CONSELHO DISCUTE O FUNCIONAMENTO E A OFERTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA






Em uma iniciativa inédita o Conselho Municipal de Educação, em parceria com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Betim – Sind-UTE, juntamente com a Câmara Municipal de Betim , representada pelo vereador Antônio Carlos, realizou no dia  (26) de fevereiro de 2015, a audiência pública para discussão sobre a oferta e funcionamento da EJA em Betim.

Cerca de 200 pessoas, entre professores, alunos e diretores da EJA, participaram no debate. Para compor a mesa que mediou a discussão estiveram presentes José Luiz Rodrigues, presidente do Conselho Municipal de Educação, Luiz Fernando de Souza Oliveira, coordenador Sind-Ute Betim,  Juliano Zaparolli, representando a Secretaria Municipal de Educação, Paulo Heleno Moreira, representando a Secretaria Municipal de Governo, e o  vereador Antônio Carlos, que presidiu a audiência.


O presidente do Conselho de Educação José Luiz Rodrigues , relatou a importância da manutenção do direito ao acesso e permanência do aluno da EJA. “Esta audiência é importante como forma de democratizar o debate. A audiência pública precisa, além de atender a uma situação legal e formal, permitir que as pessoas que fazem parte desta modalidade coloquem suas demandas e possamos juntos, construir  uma política que atenda as reais necessidades dos jovens e adultos, é preciso fazer frente ao processo de desmonte e estrangulamento ao qual a modalidade vem sendo submetida pelo atual governo, o parecer 063/2007 precisa ser revisto e vamos trabalhar para que isto aconteça”, reforçou.


O coordenador do Sind-Ute, Luiz Fernando de Souza Oliveira, também se posicionou a respeito da garantia dos direitos dos alunos e trabalhadores da EJA, para tanto, se baseou em dados do CENSO  e do texto guia que orienta as diretrizes para a Conferência de Educação que acontecerá neste ano no município. ” Se há baixa procura, apesar da demanda, a responsabilidade, no entendimento da categoria, também é da ausência de chamadas públicas e divulgação. Queremos que a Prefeitura se posicione e faça o processo de chamada pública. De ir buscar e incentivar as pessoas que ainda precisam dessa escolarização para procurar as escolas.  Todo final de semestre os(as) trabalhadores(as) que atuam com a EJA começam a ficar angustiados. Neste período  começam os questionamentos de como ficará a organização da modalidade para o semestre seguinte. 

Durante a Audiência Pública foram abordados inúmeros temas relativos à realidade da EJA, tais como: sua legislação, que é regulamentada por um parecer, a qualificação profissional, a oferta de vagas, os aspectos quantitativo e qualitativo, a regionalização do município,  o transporte e a violência, entre outros.


Ao final do debate, por sugestão de Antônio Carlos, foi aprovada a formação de uma comissão para acompanhar e viabilizar os encaminhamentos discutidos na Audiência Pública. Essa comissão será integrada por seis membros, sendo um representante destes segmentos: Sind-Ute, Conselho Municipal de Educação, EJA, Secretaria Municipal de Governo e comunidade escolar (alunos e professores).


O prazo para a indicação dos nomes  para fazer parte da comissão é até o final de primeira quinzena do próximo mês de março.